Confira dicas de plataformas que unem arte e tecnologia
Reprodução |
Uma
torre com placas de tamanhos e cores diferentes que se movimenta e
emite sons variando segundo luminosidade, temperatura e barulho do
local. Se já é difícil de imaginar isso, que dirá criar algo assim -- em
1955.
O responsável pela façanha foi Nicolas Schoffer,
franco-húngaro pioneiro na arte eletrônica. “Naquela época não tinha nem
o digital”, afirma Carol Nogueira, curadora e produtora da exposição
sobre o artista que aconteceu no ano passado no MIS (Museu da Imagem e
do Som de São Paulo). Algo bem diferente dos dias de hoje, em que é
possível adentrar no mundo da arte a partir do computador de casa.
Para
ela, mesmo após anos de trabalhos e obras, a área ainda é delicada. “É
difícil encontrar artistas que realmente utilizam tecnologia agregando
valor ao trabalho”, afirma a também mestre em Comunicação e Multimídia
pela Universidade Sorbonne Paris 8.
Apesar disso, Nogueira
afirma a importância das ferramentas acessíveis atualmente. “Cada vez
mais pessoas utilizam. Isso democratiza”, diz ela, sem deixar de lado a
necessidade pela experimentação, pesquisa e conhecimento de vários
campos artísticos. Com isso em mente, o Olhar Digital reuniu três plataformas da chamada “Programação Criativa” para quem quiser se aventurar no casamento entre arte e tecnologia.
Processing
Ambiente
de programação que permite ao usuário criar elementos visuais logo na
primeira utilização. Trata-se de um software, uma série de funções
pré-definidas, uma sintaxe de código similar à do Java e uma comunidade
online para troca de informações. Além de dar respostas rápidas, o
sistema é totalmente gratuito e tem código aberto. Isso tudo faz dele
acessível a um grande número de usuários que não se restringe a artistas
ou designers.
Linguagem: Java
Onde aprender: No próprio site do Processing há diversos tutoriais e informações sobre o tema.
Exemplo: Os trabalhos de Casey Reas, criador da plataforma, compilados no vídeo abaixo.
Cinder
Voltado
a programadores um pouco mais avançados, o Cinder pode ser considerado
um passo seguinte ao Processing. O ambiente de programação possibilita a
manipulação de elementos gráficos, sonoros e geométricos com resultados
quase sempre interativos. Uma grande vantagem do sistema é sua natureza
multiplataforma que permite seu funcionamento até em tablets.
Linguagem: C++
Onde aprender: Também no site oficial do Cinder há bons guias para se aventurar na plataforma.
Exemplo: Planetary, aplicativo para iPad que transforma sua biblioteca de músicas em um universo com vários corpos celestes.
openFrameworks
Pacote de ferramentas digitais
indicadas a várias áreas da criação. Além de imagem, áudio e vídeo, o
openFrameworks oferece ambientes para fontes tipográficas e modelos 3D,
por exemplo. Ele consiste em uma compilação de códigos e funções
acessíveis em vários softwares de programação e sistemas operacionais.
Essas características fazem dele um dos sistemas mais populares do
gênero, com utilizações em software e hardware.
Linguagem: C++
Onde aprender: Há uma seção de tutoriais no site oficial do openFrameworks.
Exemplo: Cubepix, instalação criada pelo estúdio catalão Glassworks
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