Nesta sexta-feira, 22, o Xbox One será lançado, uma semana depois do PS4
nos Estados Unidos. Com isso, ambos os novos consoles estarão no
mercado, marcando o início da nova geração, e o começo do fim da atual.
Marcada principalmente pela competição entre o Playstation 3 e o Xbox
360, a sétima geração de videogames começou em 2005, com o lançamento da
plataforma da Microsoft e, de lá para cá, vários jogos marcantes foram
lançados.
Esta fase que se encerra não viu apenas novos capítulos
de franquias conhecidas. O período também conheceu várias novas séries
de jogos que acabaram caindo no gosto do público e se tornaram
clássicos.
As regras são as seguintes:
1) os jogos devem ser bons e populares, obviamente;
2)
é necessário que mais de um jogo tenha sido lançado, para caracterizar
uma franquia. Red Dead Redemption, por exemplo, não se encaixa;
3) a série precisa ter nascido nesta geração. God of War, por exemplo, não entra na lista.
Menções honrosas para Dead Rising, Saints Row, Borderlands, inFamous e Left 4 Dead,
que quase entraram na lista final. Caso tenha sentido falta de alguma
série, não deixe de comentar! Mas antes, confira a nossa seleção:
Assassin’s CreedSão seis jogos
lançados só nesta geração, sem contar os games para plataformas
portáteis. Obviamente é possível questionar se há necessidade para um
novo jogo por ano, mas não dá para negar o sucesso alcançado pela série.
Na
franquia, o jogador é levado a diferentes épocas e colocado no plano
central de algum momento histórico da humanidade. Cenários bem
construídos, um combate bem desenvolvido e uma trama atraente são a
marca registrada da série, que também chega com força para as novas
plataformas.
Série Batman: Arkham
Jogos e
super-heróis tinham tudo para ser uma combinação perfeita, mas nunca
foram. Pelo menos não até a Rocksteady e a Warner se unirem para
produzir os jogos do Batman Arkham Asylum e Arkham City, que mostraram
que a união entre quadrinhos e videogames poderia funcionar. O novo jogo
da franquia, Arkham Origins, peca por falta de inovação, mas também não
chega a ser ruim.
Os jogos aliam momentos de inteligência, com
espionagem e camuflagem, com o bom e velho combate corpo-a-corpo que não
decepciona em momento algum. Quando o jogador pega o jeito e o ritmo, a
coreografia dos golpes se assemelha a uma dança, só que muito mais
violenta, claro.
Claro, já houve jogos do Batman antes desta
geração, mas a série Arkham é totalmente nova, então ela se encaixa
perfeitamente na lista.
BioshockCriativa e
audaciosa, a série foi capaz de trazer uma narrativa madura e
intrigante, complementando uma boa jogabilidade. A franquia nem ao menos
pode ser catalogada direito, já que possui elementos de tiro em
primeira pessoa, survival horror, estratégia, RPG, puzzle… enfim, é uma
miscelânea de gêneros que trouxe uma série das mais inovadoras para a
geração.
O universo é construído com muito cuidado para realmente
colocar o jogador dentro daquele mundo, seja uma cidade submersa ou uma
cidade no céu, contando com gráficos bem planejados e bonitos e uma
grande história, cheia de reviravoltas, por trás.
Dead SpaceQuem
não gosta de jogo de terror nem passou perto desta franquia que mescla o
horror e a ficção científica. Embora tenha deslizado na terceira
edição, brilhou em seus dois primeiros capítulos, recheados de tripas
voando e a incerteza de que algum horror ainda pior está para aparecer
na próxima esquina.
É bastante complicado descrever a sensação de
jogar Dead Space. A única certeza é que muita gente perdeu o sono ou
teve pesadelos com ele.
Demon Souls/Dark SoulsQuem
reclama que os jogos atuais são fáceis demais precisa jogar os jogos
Demon Souls e Dark Souls, que por mais que não sejam uma sequência
direta, se passam em um mesmo universo e foram desenvolvidos pela mesma
empresa. Com escassez de checkpoints, chefes complexos e inimigos
desafiadores, o jogador é constantemente punido e obrigado a voltar até o
início da fase a cada morte. E acredite, ele morre muito. O jogo chega
ao ponto de nem ao menos deixar o jogador pausar para procurar por dicas
na internet de como passar por determinada parte do game.
A
jogabilidade também não é simples. Não basta apertar qualquer botão para
encadear combos, como muitos games do tipo hack’n’slash. Os games
exigem do jogador paciência para dominar os controles, de forma a causar
algumas mortes acidentais. Com tudo isso, os games são extremamente
recompensadores.
Gears of WarO jogo mudou
completamente a forma como os jogos de tiro em terceira pessoa funcionam
em consoles, abrindo espaço para a mecânica “cover-based”, em que o
jogador se esconde em coberturas para sair atirando nos inimigos. Logo a
técnica se espalhou entre jogos do gênero, se tornando quase padrão.
Jogabilidade
frenética dá o tom do jogo, somado a muita violência e criatividade na
hora de aplicá-la no game, como por exemplo a arma Lancer, que é um
fuzil que também possui uma motosserra para aniquilar adversários de
múltiplas maneiras.
LittleBigPlanetUm dos
jogos de plataforma mais criativos da geração, aliando também muitos
puzzles interessantes. Apesar do carisma do protagonista Sackboy, o game
se destaca pela jogabilidade, e não pela história. Amigável para
crianças e interessante para adultos, é um dos poucos games memoráveis
que abrangem a família inteira.
Seu grande diferencial, no
entanto, é sua comunidade. O lema do jogo “Play, Create, Share” (“jogue,
crie, compartilhe”) faz muito sentido dada as possibilidades oferecidas
pelo game, que permite que jogadores criem suas próprias fases e
compartilhem com amigos e o púlico em geral. Certamente são alguns dos
games mais libertadores da geração.
Mass EffectOs
momentos finais da trilogia não agradaram o público, mas todo o resto
foi aclamado pela crítica. A jogabilidade nunca foi o ponto forte da
série, apesar de melhorar com o passar dos games, mas ganhou o coração
dos jogadores pelo universo imenso, pela história que se ajusta às suas
escolhas e pelo carisma dos vários personagens que compõem a tripulação
da Normandy, a nave comandada pelo (ou pela) Comandante Shepard.
A
expectativa é que um novo jogo da série seja lançado no futuro,
aproveitando o plano de fundo vasto oferecido pela série, mas contando
uma nova história, que não deve ter a ver com os protagonistas da
primeira trilogia. Se isso irá funcionar, só o tempo irá dizer.
PortalQuem
sentia falta do humor nos videogames não se decepcionou com a série
Portal. Com uma jogabilidade única, o jogador constantemente precisa
prefere parar o que estar fazendo para escutar o que os vilões GLaDOS
(no primeiro) e Wheatley (no segundo) estão falando. É uma piadinha
sutil atrás da outra e um humor negro poucas vezes vistos em jogos.
A
trama é simples, mas os detalhes são realmente impressionantes e, como
dito, os vilões roubam a cena: são carismáticos e também conseguem ser
ameaçadores ao mesmo tempo. O segundo jogo ainda traz um dos
multiplayers mais interessantes da geração, que também consegue ser
hilário.
UnchartedNão parece exagero dizer
que Nathan Drake é o Indiana Jones do mundo dos games, o que é um elogio
e tanto. A Naughty Dog foi extremamente feliz na construção do
personagem, extremamente carismático, e no desenvolvimento dos games,
que conta com cenas de ação dignas de cinema e uma jogabilidade
empolgante.
Uncharted é o motivo de muitos comprarem o seu
Playstation 3 e é presença confirmada no PS4, então devemos acompanhar a
saga de Drake por muito tempo. Ainda bem.