Como homenagem a Charles Chaplin, o Olhar Digital recapitula as grandes evoluções da tecnologia das telonas
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No longínquo ano de 1889,
no dia 16 de abril, exatos 124 anos atrás, nascia uma figura que mudaria
a história do cinema: Charles Spencer Chaplin, ou Charlie Chaplin,
também apelidado de Carlitos em terras brasileiras. Seu período de vida
também coincide com a época de surgimento e evolução do cinema, então é
praticamente impossível distinguir um do outro.
Como uma homenagem a um dos artistas mais marcantes da história, o Olhar Digital relembra a história da tecnologia por trás das telonas e as grandes evoluções que levaram a mídia a ser o que é hoje.
A criação do cinema é creditada aos irmãos Augute e
Louis Lumiére, que patentearam o cinematógrafo em 1895 e no mesmo ano
fizeram a primeira exibição comercial de cinema, com um vídeo de dois
trabalhadores saindo da fábrica Lumiére. Entretanto, pouco tempo depois,
na virada do século, desistiram da tecnologia para investirem no ramo
de fotografia em cores. Felizmente, a história não parou aí.
Os anos se passaram, e a produção passou a aumentar,
até que, finalmente, em 1927, o primeiro filme falado chegou ao circuito
comercial. O Cantor de Jazz (The Jazz Singer), apesar de ser visto
hoje como um filme de cunho racista, foi o primeiro longa a ter
sincronizados voz e canto com a película. Contudo, desde 1900 já havia
gravações com som, mas só 27 anos depois elas seriam comercialmente
viáveis.
Pouco tempo depois, viria o cinema em cores. Lançado em 1935, Vaidade e Beleza (Becky Sharp), foi um hit na época, justamente por fugir dos tons de cinza e adotar coloração por Technicolor, com três cores, pela primeira vez em circuito comercial. Por muito tempo, no entanto, os filmes em cores competiram por espaço com as películas em preto e branco, até finalmente se estabelecer como padrão.
Pouco tempo depois, viria o cinema em cores. Lançado em 1935, Vaidade e Beleza (Becky Sharp), foi um hit na época, justamente por fugir dos tons de cinza e adotar coloração por Technicolor, com três cores, pela primeira vez em circuito comercial. Por muito tempo, no entanto, os filmes em cores competiram por espaço com as películas em preto e branco, até finalmente se estabelecer como padrão.
Dois anos depois, surgiria o primeiro longa animado.
Branca de Neve e os Sete Anões, produzido pelos estúdios Walt Disney,
foi lançado em 1937 e até hoje assombra pela qualidade da animação. Não à
toa, até hoje é reprisado na televisão brasileira, ainda que
esporadicamente.
Quem achou que a tecnologia 3D só apareceria no fim da
matéria, com Avatar em 2009, se engana. Entre outras novidades que
surgiram para combater a popularização da TV, surgiu Bwana Devil, filme
que foi um fracasso de bilheteria, mas que marcou o primeiro uso de 3D
na história do cinema. Lançado em 1952, ele fazia uso do 3D anáglifo,
que usa cores e filtros para dar uma noção de profundidade. A exposição
prolongada poderia causar dores de cabeça e enjoo. Outra bomba foi o
Smell-o-vision, lançado em 1960, com o filme Scent of Mystery, que
tentou acrescentar cheiro aos filmes, mas, obviamente, não deu certo.
Foi em 1970 que surgiu o primeiro filme registrado no
formato IMAX, que permitia uma resolução de imagem muito superior. A
tecnologia foi utilizada pela primeira vez no curta Tiger Child e logo
foi expandida para outros documentários e explorações. Até hoje a
palavra IMAX é sinônimo de qualidade de imagem em cinemas. O som também
viria a sofrer por uma nova revolução no final da década de 1970, quando
estreou o filme Apocalypse Now utilizando a tecnologia Dolby Stereo,
permitindo maior imersão à trama por meio do som.
A próxima grande revolução só viria em 1995, quando a primeira animação totalmente em 3D seria produzida. Toy Story foi um marco para época e deu início a uma nova forma de contar uma histórias.
A próxima grande revolução só viria em 1995, quando a primeira animação totalmente em 3D seria produzida. Toy Story foi um marco para época e deu início a uma nova forma de contar uma histórias.
Em 2002, outra novidade. Star Wars: Ataque dos Clones
foi o primeiro filme a ser gravado em suporte digital, sem película. Em
2009, a mistura de animação com atores live-action Avatar marcou a volta
da tecnologia 3D em definitivo, marcando a tendência dos anos
seguintes, que seria novamente reinventada em 2012, com o Hobbit, que
utilizou o inédito recurso de imagem em 48 quadros por segundo,
conferindo mais naturalidade de movimentos, mas também gerando muitas
críticas. Se esta moda vai pegar, só os anos vão dizer.
OLHAR DIGITAL
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