quarta-feira, 17 de julho de 2013

Relembre 6 dos jogos mais difíceis desta geração

Selecionamos títulos que fogem à simplificação cada vez mais frequente 


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frustração game
Lembra-se dos tempos dourados da infância, quando você penava por dias e dias para conseguir finalizar um jogo? Tempos que não voltam mais, porque cada vez mais há uma simplificação nas mecânicas de games.

Isso acontece porque a indústria acompanhou o crescimento de quem jogava na época da geração 8 e 16 bits. Quando crianças, estas pessoas podiam passar todo seu tempo dominando técnicas e mecânicas complexas de jogo e enfrentando os chefes mais difíceis, mas, com a vida adulta e responsabilidades, este tempo se foi, obrigando desenvolvedores a limitar a carga de dificuldade para reduzir a frustração.

Outro motivo foi a mudança de pensamento da indústria. Os jogos do final dos anos 1980 e início dos anos 1990 eram limitados pelo espaço da mídia utilizada: os cartuchos. Os games eram curtos demais para fazer valer o investimento do consumidor, o que requeria modos alternativos de estender a longevidade do jogo, como vidas limitadas. A cultura dos arcades, em que o jogador precisava ver a tela de "game over" repetidamente para gastar mais fichas, também foi transportada para os consoles caseiros. Isto tornava os jogos mais difíceis.

Entretanto, por mais que a tendência sejam jogos cada vez mais fáceis, até para facilitar a difusão da mídia videogame, ainda há empresas que apostem no caminho oposto e estão prontas para criarem jogos que façam o gamer ter vontade de arrancar os cabelos. Confira alguns deles:

Super Meat Boy
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O game independente criado pelo Team Meat foi desenvolvido para levar para os jogadores uma dose cavalar de frustração. E não é nem possível culpar os criadores por fazerem um game cheio de falhas. Ele é perfeito em programação e controles, e a culpa de cada morte cai exclusivamente em cima do jogador.

O jogo de plataforma não envolve nada além de correr e pular no momento certo, mas, ao jogar, prepare-se para ver seu personagem explodir em uma poça de sangue múltiplas vezes. O game ainda pune o jogador quando ele finalmente consegue ultrapassar uma fase onde ele esteve travado por muito tempo, mostrando um replay de todas as vezes que ele morreu antes de atingir o objetivo final.

Demon Souls/Dark Souls
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Os dois games, por mais que não sejam uma sequência direta, se passam em um mesmo universo e foram desenvolvidos pela mesma empresa. Eles foram responsáveis por ressuscitar a discussão sobre a dificuldade nos videogames, cada vez menos desafiadores em relação aos antepassados nas gerações 8 e 16 bits.

Com escassez de checkpoints, chefes complexos e inimigos desafiadores, o jogador é constantemente punido e obrigado a voltar até o início da fase a cada morte. E acredite, ele morre muito. O jogo chega ao ponto de nem ao menos deixar o jogador pausar para procurar por dicas na internet de como passar por determinada parte do game.

A jogabilidade também não é simples. Não basta apertar qualquer botão para encadear combos, como muitos games do tipo hack’n’slash. Os games exigem do jogador paciência para dominar os controles, de forma a causar algumas mortes acidentais.  

Ninja Gaiden
A franquia data da longínqua época do NES, conhecido popularmente como Nintendinho, mas engana-se quem pensa que ela seguiu o caminho de tantas outras e ficou mais fácil com o passar dos anos. Ninja Gaiden chegou à geração atual pronto para deixar os jogadores arrancando os cabelos.

Os games da franquia, como Ninja Gaiden 3 e Ninja Gaiden Sigma chegaram à geração do PS3 e Xbox 360 honrando o passado dos games, com ação desenfreada e, ao mesmo tempo, empolgante e frustrante. Um prato cheio para quem gosta de desafio.

Limbo
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Não se engane com a aparência singela do game. O garotinho que você controla durante todo o jogo vai sofrer até o final da trama. Cada quebra-cabeça do jogo mostra uma nova forma inovadora de se matar o protagonista.

O jogo incentiva a tentativa e erro de uma forma impiedosa, de modo que a única maneira de descobrir qual é a próxima armadilha que o jogo guarda para você é não ter medo de cair nela. Felizmente, neste caso, não há punição em caso de falha, mas isso não é um alívio em momento algum. Você ainda vai penar muito, vendo o personagem morrer dezenas de vezes a cada tentativa frustrada e vai voltar para o início da fase a todo instante, até finalmente achar o caminho correto. E vai se martirizar porque vai perceber que a solução era tão simples...

Catherine
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O jogo já começa sendo diferente de quase tudo que se tem no mercado atualmente, misturando plataforma e quebra-cabeças, com um toque de terror e aventura. Suas mecânicas pouco convencionais são um desafio por si só, ainda que o jogo não seja ruim.

O game foi considerado complexo já no modo “Easy” e a situação não melhorava nas dificuldades mais altas. O problema foi tanto que os desenvolvedores falaram em lançar uma atualização para facilitar a vida de quem gostaria de acompanhar a história, mas não conseguia passar pela soma de quebra-cabeças e plataformas.

Devil May Cry
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Toda a série Devil May Cry é conhecida por uma dificuldade elevada, principalmente nos níveis mais desafiadores. O game incentiva o jogador a encarar as dificuldades mais altas, onde o seu personagem é capaz de ser derrotado com apenas um golpe.

Para se ter uma ideia do que o jogo é capaz de oferecer, no primeiro playthrough, o jogador pode ter até três opções de dificuldades. Após terminar o jogo na mais difícil, um novo nível ainda mais desafiador surge e o processo pode se repetir algumas vezes, com novos modos de jogos, cada vez mais complexos. A mais nova adição é o modo Hell and Hell, em que todos os inimigos ganham força como se fosse a maior dificuldade, mas o personagem morre com apenas um golpe.
 

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